quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Além do Bem e do mal - parte 1


Para iniciar peço licença a Frederich Nietzche por emprestar um dos títulos mais famosos de sua épica obra “Para Além do Bem e do Mal”, que incompreendida em sua época pode relatar a essência do mal humano atual.
Quando observamos uma nascente d’agua, vemos o nascimento de um rio que em sua essência é puro, assim veremos também uma arvore brotar com uma magnífica pureza.
Ao olharmos a natureza apontem alguma estrutura que não é pura em sua essência. Ao estudarmos mais profundamente a natureza veremos que o rio por mais puro que seja em sua função provedora d’agua possui seu prófugo desempenho uma destrutiva ação impetuosa das rochas que serão transformadas em grãos de areia. Se observar o carinho com que uma onça cuida de seu filhote conseguiriam lembrar-se da pobre presa que morreu sufocada com a garganta cortada pelos afiados dentes da pequenina onça?
Na natureza tudo que os olhos tocam são bons. E religiosamente citando, não há religião que na afirme a natureza como Obra Divina, ainda nesse pensamento não há religião que não valorize as obras divinas como maravilhosas, ou como diz no Pentateuco “...e viu Deus que era bom.”, em várias outras teorias Criacionistas vão seguir o mesmo principio.
Um ser humano longe das tendências puritanas não conseguiria observar tanto esplendor e simplesmente criar pensamentos tendenciosos. Vivendo em contato com a natureza um homem poderá observar que a reprodução é um dom, um sinal de virtude e, além disso, um unívoco de riqueza e fartura, isso se explica pelo fato de ser através da reprodução que temos os melhores gados, as melhores plantações e melhores rendimentos.
Logo não há o porque de a reprodução ser cristianisticamente um pecado digno de repulsa do seu criador!

Ivan Luiz Valente da Silva

AS RELIGIÕES NEGRAS DO BRASIL

AS RELIGIÕES NEGRAS DO BRASIL

Texto de Reginaldo Prandi - um dos maiores peritos do Assunto!


Para uma sociologia dos cultos
afro-brasileiros

As religiões negras na sociedade branca
O quadro das religiões negras, ou religiões afro-brasileiras, é bastante diversificado. Em seu conjunto, até os anos 30 deste século, as religiões negras poderiam ser incluídas na categoria das religiões étnicas ou de preservação de patrimônios culturais dos antigos escravos negros e seus descendentes, enfim, religiões que mantinham vivas tradições de origem africana. Formaram-se em diferentes áreas do Brasil, com diferentes ritos e nomes locais derivados de tradições africanas diversas: candomblé na Bahia, xangô em Pernambuco e Alagoas, tambor de mina no Maranhão e Pará, batuque no Rio Grande do Sul, macumba no Rio de Janeiro. Na Bahia originou-se também o muito popular candomblé de caboclo e o menos conhecido candomblé de egum. Mais recentemente, no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, constituiu-se a umbanda, que logo se disseminou por todo o país, abrindo, de certo modo, caminho para uma nova etapa de difusão do antigo candomblé. O Nordeste foi berço também de outras modalidades religiosas mais próximas das religiões indígenas, mas que cedo ou tarde acabaram por incorporar muito das religiões afro-brasileiras ou as influenciar. Trata-se do catimbó, religião de espíritos aos quais se dá o nome de mestres e caboclos, que se incorporam no transe para aconselhar, receitar e curar. Esse tronco afro-ameríndio tem particularidades em diferentes lugares, sendo chamado de jurema, toré, pajelança, babaçuê, encantaria e cura (1).
Tudo indica que a organização das religiões negras no Brasil deu-se tardiamente. Uma vez que as últimas levas de africanos trazidos para o Novo Mundo nas últimas décadas do século XIX, período final da escravidão, foram fixadas sobretudo nas cidades e em ocupações urbanas, os africanos desse período puderam viver no Brasil em maior contato uns com os outros, física e socialmente, com maior mobilidade e, de certo modo, liberdade de movimentos, num processo de interação que não conheceram antes. Esse fato propiciou condições sociais favoráveis para a sobrevivência de algumas religiões africanas, com a formação de grupos de culto organizados.
Quando se fala em candomblé, geralmente a referência é o candomblé queto, ou da chamada "nação" queto, da Bahia, vertente em que predominam os orixás e ritos de iniciação de origem iorubá. Seus antigos terreiros são os mais conhecidos e prestigiados do Brasil: a Casa Branca do Engenho Velho, o candomblé do Alaketo, o Axé Opô Afonjá e o Gantois. As mães-de-santo que alcançaram grande prestígio e visibilidade na sociedade local têm sido dessas casas, como Pulquéria e Menininha, sua sobrinha-neta e sucessora no candomblé do Gantois; Olga, do terreiro do Alaketo; e Aninha, Senhora e Stella, do candomblé do Opô Afonjá. O candomblé queto tem tido grande influência sobre outras "nações", que têm incorporado muitas de suas práticas rituais. Sua língua ritual deriva do iorubá, mas o significado das palavras em grande parte se perdeu através do tempo, sendo hoje muito difícil traduzir os versos das cantigas sagradas e impossível manter conversação na língua do candomblé. Além do queto, as seguintes "nações" também são do tronco iorubá (ou nagô, como os povos iorubanos são também denominados): efã e ijexá na Bahia, nagô ou eba em Pernambuco, oió-ijexá ou batuque de nação no Rio Grande do Sul, mina-nagô no Maranhão, e a quase extinta "nação" xambá de Alagoas e Pernambuco.
O candomblé de "nação" angola, de origem banto, adotou o panteão dos orixás iorubás (embora os chame pelos nomes de seus esquecidos inquices, divindades bantos), assim como incorporou muitas das práticas iniciáticas da nação queto. Sua linguagem ritual, também intraduzível, originou-se predominantemente das línguas quimbundo e quicongo. Nessa "nação", tem fundamental importância o culto dos caboclos, que são espíritos de índios, considerados pelos antigos africanos como sendo os verdadeiros ancestrais brasileiros, portanto os que são dignos de culto no novo território em que foram confinados pela escravidão. O candomblé de caboclo é uma modalidade do angola centrado no culto exclusivo dos antepassados indígenas. Foi provavelmente o candomblé angola e o de caboclo que deram origem à umbanda. Há outras nações menores de origem banto, como a congo e a cambinda, hoje quase inteiramente absorvidas pela nação angola.
A nação jeje-mahin, do estado da Bahia, e a jeje-mina, do Maranhão, derivaram suas tradições e língua ritual do ewê-fon, ou jejes, como já eram chamados pelos nagôs, e suas entidades centrais são os voduns. As tradições rituais jejes foram muito importantes na formação dos candomblés com predominância iorubá.
Em nosso século nasceu a umbanda, que tem sido reiteradamente identificada como sendo a religião brasileira por excelência, pois, formada no Brasil, ela resulta do encontro de tradições africanas, espíritas e católicas (2). Ao contrário das religiões negras tradicionais que se constituíram como religiões de grupos negros, a umbanda surge como religião universal, isto é, dirigida a todos. A umbanda sempre procurou legitimar-se pelo apagamento de feições herdadas do candomblé, sua matriz negra, especialmente os traços referidos a modelos de comportamento e mentalidade que denotam a origem tribal e depois escrava, mantendo contudo essas marcas na constituição do panteão. Comparado ao do candomblé, seu processo de iniciação é muito mais simples e menos oneroso e seus rituais evitam e dispensam sacrifício de sangue. Os espíritos de caboclos e pretos-velhos manifestam-se nos corpos dos iniciados durante as cerimônias de transe para dançar e sobretudo orientar e curar aqueles que procuram por ajuda religiosa para a solução de seus males. A umbanda absorveu do kardecismo algo de seu apego às virtudes da caridade e do altruísmo, assim fazendo-se mais ocidental que as demais religiões do espectro afro-brasileiro; mas nunca completou o processo de ocidentalização, ficando a meio caminho entre ser religião ética, preocupada com a orientação moral da conduta, e religião mágica, voltada para a estrita manipulação sobrenatural do mundo.
Desde o início as religiões afro-brasileiras se formaram em sincretismo com o catolicismo, e em grau menor com religiões indígenas. O culto católico aos santos, numa dimensão popular politeísta, ajustou-se como uma luva ao culto dos panteões africanos. Com a umbanda, acrescentaram-se à vertente africana as contribuições do kardecismo francês, especialmente a idéia de comunicação com os espíritos dos mortos através do transe, com a finalidade de se praticar a caridade entre os dois mundos, pois os mortos devem ajudar os vivos sofredores, assim como os vivos devem ajudar os mortos a encontrarem, sempre pela prática da caridade, o caminho da paz eterna, segundo a doutrina de Kardec. A umbanda perdeu parte de suas raízes africanas e se espraiou por todas as regiões do país, sem limites de classe, raça, cor (Prandi, 1995). Mas não interferiu na identidade do candomblé, do qual se descolou, conquistando sua autonomia. E o candomblé também mudou. Até 20 ou 30 anos atrás, o candomblé era religião de negros e mulatos, confinado sobretudo na Bahia e Pernambuco, e de reduzidos grupos de descendentes de escravos localizados aqui e ali em distintas regiões do país. No rastro da umbanda, a partir dos anos 60 deste século, o candomblé passou a se oferecer como religião também para segmentos da população de origem não-africana.
A presença do negro na formação social do Brasil foi decisiva para dotar a cultura brasileira dum patrimônio mágico-religioso, desdobrado em inúmeras instituições e dimensões materiais e simbólicas, sagradas e profanas, de enorme importância para a identidade do país e sua civilização. No que diz respeito à religião especificamente, os cultos trazidos pelos africanos deram origem a uma variedade de manifestações que aqui encontraram conformação específica, através de uma multiplicidade sincrética resultante do contato das religiões dos negros com o catolicismo do branco, mediado ou propiciado pelas relações sociais assimétricas existentes entre eles, e também com as religiões indígenas e bem mais tarde, mas não menos significativamente, com o espiritismo kardecista.
Desde sua formação em solo brasileiro, as religiões de origem negra têm sido tributárias do catolicismo. Embora o negro, escravo ou liberto, tenha sido capaz de manter no Brasil dos séculos XVIII e XIX, e até hoje, muito de suas tradições religiosas, é fato que sua religião enfrentou-se desde logo com uma séria contradição: a própria estrutura social e familiar às quais a religião dava sentido aqui nunca se reproduziram. As religiões dos bantos, iorubás e fons são religiões de culto aos ancestrais, que se fundam nas famílias e suas linhagens.
O tecido social do negro escravo nada tinha a ver com família, grupos e estratos sociais dos africanos nas suas origens. Assim, a religião negra só parcialmente pôde se reproduzir aqui. A parte ritual da religião original mais importante para a vida cotidiana, constituída no culto aos antepassados familiares e da aldeia, pouco se refez, pois a família se perdeu, a tribo se perdeu. Na África, era o ancestral do povoado (egungum) que cuidava da ordem do grupo, resolvendo os conflitos e punindo os transgressores que punham em risco o equilíbrio coletivo. Quando as estruturas sociais foram dissolvidas pela escravidão, os antepassados perderam seu lugar privilegiado no culto. Sobreviveram marginalmente no novo contexto social e ritual. As divindades mais diretamente ligadas às forças da natureza, mais diretamente envolvidas na manipulação mágica do mundo, mais presentes na construção da identidade da pessoa, os orixás, divindades de culto genérico, estas sim vieram a ocupar o centro da nova religião negra em território brasileiro. Pois que sentido poderia fazer o controle da vida social para o negro escravo? Fora de suas assembléias religiosas, era o catolicismo do senhor a única fonte possível de ligação com o mundo coletivo projetado para fora do trabalho escravo e da senzala.
Se a religião negra, ainda que em sua reconstrução fragmentada, era capaz de dotar o negro de uma identidade negra, africana, de origem, que recuperava ritualmente a família, a tribo e a cidade, perdidas para sempre na diáspora, era através do catolicismo, contudo, que ele podia se encontrar e se mover no mundo real do dia-a-dia, na sociedade dos brancos dominadores, responsável pela garantia da sua existência, não importa em que condições de privação e dor. Qualquer tentativa de superação da condição escrava, como realidade ou como herança histórica, implicava primeiro a necessária inclusão no mundo branco. E logo passava a significar o imperativo de ser, sentir-se e parecer brasileiro. Nunca puderam ser brasileiros sem ser católicos. Podiam preservar suas crenças no estrito limite dos grupos familiares, muitas vezes reproduzindo simbolicamente a família e os laços familiares através da congregação religiosa, daí a origem dos terreiros e das famílias-de-santo. Mas a inserção no espaço maior exigia uma identidade nacional, por assim dizer, uma identidade que refletisse o conjunto geral da sociedade católica em expansão. O fim da escravidão, a formação da sociedade nacional, o extravasamento das populações pelas amplitudes geográficas, com a criação de possibilidades as mais diferentes, tudo isso só fez reforçar a importância do catolicismo para as populações negras. O próprio catolicismo, como cultura de inclusão, hegemônica, não fez oposições, que não pudessem ser vencidas, ao fato de o negro manter uma dupla ligação religiosa. Pois em São Luís, talvez o mais vivo e denso centro cultural dos sincretismos afro-católicos, não são apenas os devotos das religiões negras que são também católicos; católicas também são consideradas pelos seus fiéis as próprias divindades trazidas da África. As religiões afro-brasileiras, em suas origens, sempre foram devedoras e dependentes do catolicismo, ideológica e ritualmente. Só muito recentemente - quando a sociedade brasileira não precisa mais do catolicismo como a grande e única fonte de transcendência que possa legitimá-la e fornecer os controles valorativos da vida social -, as religiões de origem negra começaram a se desligar do catolicismo. Mas isso é um projeto de mudança de identidade que mal começou e que exige, antes, outras experiências de situar-se no mundo com mais liberdade e direitos de pertencimento (3).
Desobrigadas, desde o nascimento, das questões referentes à administração da justiça que pressupõe princípios universalistas e pactos coletivos acima dos desejos individuais, posto que isso era domínio exclusivo da religião geral da sociedade geral, isto é, o catolicismo; desinteressadas de conteúdos formadores da pessoa para o mundo profano, porque o modelo aqui é branco; alimentando o culto de deuses que se exteriorizam e se expressam especialmente através da forma, não é sem razão que as religiões afro-brasileiras desenvolveram um enorme senso ritual presidido por inigualável senso estético, capaz de transbordar os limites do sagrado para se impregnar nas expressões mais profanas que modelam a identidade nacional. Ser brasileiro agora é ser do samba, do "camarão ensopadinho com chuchu", do carnaval de avenida - que é tudo afro-brasileiro e nada absolutamente religioso. Os elementos da religião tradicional, ao serem assimilados pela cultura nacional, deixam de ser religiosos para serem simplesmente exóticos. E mesmo quando conteúdos religiosos, nessas circunstâncias, são mantidos por seus cultores, como o ebó para Exu que abre o desfile da grande escola de samba de prestígio universal, isso não tem nenhuma importância para a sociedade. Esse ebó, certamente privativo de um grupo que busca firmar sua identidade religiosa singular, não se publiciza a não ser como ingrediente estético.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Quero


Quero um segundo para pensar em nada
Quero um minuto para amar a vida.
Quero uma droga que retire a agonia.
Quero um remédio para essa falta de harmonia.
Quero lembrar das paixões não correspondidas.
Quero sonhar meus sonhos de criancinha.
Quero uma pedra para afundar meu rio de mágoas
Quero um anel que sele um caminho sem tortura.
Para minha vida chegar mais perto da lua.
Quero um doce que adoce os arrogantes.
Quero viver tão bem quanto vivi já antes.
Quero um pôr do sol para desenhar dois amantes.
Quero um segundo para sorrir aos caminhantes.
Quero um minuto para apreciar minha despedida.
Quero uma terra perfeitinha para meus amigos.
Quero um sorriso que desperte outro sorriso.
Quero um momento para chorar minha alegria.
Quero uma dor que seja para sempre só minha.
Quero um amor para enfeitar essa minha vida.
Quero uma flor para coroar á todas as vidas.
Para assim agradecer a quem morre na matéria.
Quero olhar e não mais ver o cemitério.
Quero lembrar que a morte é nova vida.
Quero pular até gastar as pernas minha.
Quero do nada, ver o tudo se fazendo.
Quero dos homens somente o respeito.
Quero amar o amor puro e verdadeiro.
Quero que as lágrimas reguem todos os jardins.
Quero mais sorte para pensar mais em mim.
Quero o mundo e o mundo e quer também.
Quero acordar, pois não mereço teu desdém.
Quero um dia esquecer do mal e bem.
Quero deixar de julgara culpa de a quem,
Quero voar por todo mundo só para ver onde no mundo o amar não tem.
Quero raios e relâmpagos para quem quer esse favor.
Quero que pássaros cantem minha dor.
Quero que espalhem que a dor acabará.
Quero que acatem os meus direito de pensar.
Quero que esqueçam o dinheiro que pensar.
Peso a essa estrela que esta no céu a se jogar.
Que todo homem saiba a toda forma de vida respeitar.
Que vivam como for, mas que encontrem o amor.
Que sintam agonia para dar valor e aproveitar a calmaria.
Que o ódio seja pago com compreensão.
Que de toda Terra tenhamos compaixão.
Não quero nada, mas eu queria só escrever.
da vida minha que é igual à de você.
Quero mais uma coisa expressar.
Quero um momento para nisso tudo quem ler pensar.
19/08/06

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ENEM

Por incrível que pareça, há espanto no Brasil quando o ENEM relata o péssimo desempenho dos estudantes do EM brasileiro.
Pior ainda é escutar burocratas que de suas cadeiras almofadadas em um escritório tem a resposta para os problemas da educação brasileira, é simples são sempre as mesmas respostas, falta dedicação dos professores, falta recurso para as escolas, falta valorizar o profissional.
Desde que eu ainda moleque tive contato com noticiários e etc., escuto sempre os mesmos problemas serem relatados, então vai meu parecer:
Falta dedicação por que não existem escolas públicas atrativas, quando de educação boa é bairro rico onde há investimento e cobrança, falta dedicação por que não é humanamente possível se dedicar a 3 escolas que ocupam 19h do seu dia, muito menos aos seus 1000 e tra-lá-lá alunos, no máximo você entra em uma sala espera falar algo significante e sair dali sem hostilidades, seja de diretores bajuladores de políticas pedagógicas falidas pela má aplicação, seja por pais de alunos que tão desinformados quanto os próprios filhos vêem nas Escolas um lugar para seus príncipes não passarem fome.
Pedir para dedicação aos professores é fácil quando sentado numa cadeira de couro em uma sala com ar-condicionado você tem vencimentos acima de R$7.000,00 e com carga horária adaptável as suas necessidades. Não vou desmerecer os burocratas, afinal sem eles não há papel.
Querem saber da realidade: A educação não vai mudar, pois se a gestão escolar for mais eficiente não dará lucro a ninguém. Eu como professor vendo um produto, mas meus clientes não querem comprar.
A sociedade BBB, Fazenda, você-você-você-você, não se interessa em fotossíntese, ou no quão admirável é saber que cada folha de uma árvore esta disposta para receber a maior quantidade de luz com a menor quantidade de calor possível.
Agora que a notícia do ENEM saiu há espanto!
Falta recurso? Isso é a maior mentira, o que falta como para qualquer outra situação no Brasil é gestão. Professores devem receber por aulas em uma única escola, em um único período de aulas. Professores devem ser cobrados por desempenho quando há material para haver desempenho. Outro fator, não quer dar aula fora!!!!
Reclamar de o governo executar seleção por avaliação é atestar incompetência! O problema é que o governo não sabe nem fazer prova nem escolher profissional. Então privatiza de vez quem trabalha fica quem não trabalha fora!
Por fim falar de valorização dos professores não é só aumentar o salário, dar benefícios ou mesmo estabilidade, é a sociedade saber que se você é advogado, médico, juiz, policial, piloto, jornalista, você só o é por que na sua vida você passou pela chatice chamada escola, professor!
Lógico que para ser jogador de futebol, ator populista, BBB, cantor (salvo as belas exceções - de jogadores inteligentes, atores bem formados e cantores que batalham pela cultura) você não precisa ser inteligente apenas contar com a ignorância da população.
Ser professor é uma honra que é manchada por estas análises expurgáveis de moral, falar que dá pra mudar quando seu bolso está cheio ou quando você não precisa ir ministrar aulas é fácil, saiam das suas cadeiras e vão para as salas, os governantes visitam escolas cujos diretores e professores são seus partidários e uma verba extraordinária é repassada para reformar a escola de imediato, apenas para visita do governante!
Se a escola dos seus filhos é ruim exija a presença do governador assim a escola irá ser reformada para sair bonita na foto de propaganda política!
Ivan Valente da Silva.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Enchente começa aqui

Você conhece uma ARPM?
Isso significa Área de Recuperação e Proteção a Mananciais, em Embu Guaçu temos como protegida a Guarapiranga, isso é lógico em tese.
Bem todas as vezes que chove ou na cidade ou no alto da Serra, vemos os rios correrem para o Parque da Várzea lotados de terra, lixo entre outros itens não naturais ao curso d'água.
O mais estranho é que o Estado tem uma política de preservação que no papel é muito bonita, mas na execução deixa a desejar. Quantas vezes você viram uma obra de dessassoreamento que por manifestação divina tivesse dado certo (quando digo dar certo expresso que no próximo ano a mesma obra não tenha ocorrido), o mais incível é que a terra de dentro dos córregos é retirada e posta ao lado do mesmo. Isso realmente expressa uma grande inteligência.
Tudo bem para não ser apenas um criticador um um acusador vou usar um mínimo de inteligência para ver se seria possivel resolver o problema.
1º se o rio assoreia isso significa que não é tirando terra dele que eu resolvo o problema. Como assim?
É simples saiba de onde vem a terra e impeça que ela chegue aos rios, na maior parte das vezes essas terras vem das vias de chão batido (é só pensar estrada de terra têm buracos, terra não entra em terra a menos que as granulações sejam diferenciados, logo se há buraco para onde foi a terra?), mas há um empecilho, é lógico, não dá para asfaltar tudo que é rua existente, a cidade de São Paulo é a maior prova dos males da impermeabilização desenfreada, mas para todos os problemas da humanidade a tecnologia ou os desastres nos ensinaram a superar, e qual desastre nos ajuda?
Em New Orleans ocorreu um furacão denominado Katrina em 2005, e depois do desastre obras de recuperação foram realizadas, entre elas modificações em diques e calçadas com concreto permeável (notem a enfasê em recuperação), bem caso tenham dúvidas pesquisem a permeabilidade. Qual é o problema da solução? É mais caro, mas aqui elucido o item recuperação, pois se é algo que irrevogavelmente devo recuperar, não posso poupar despesas. Para não entrar em detalhes não vou discutir dinheiro publico.
2º Se o rio deve ser desassoreado, não podemos simplismente entrar no rio e tirar terra. Logo há casos em que devemos rebaixar a margem do rio, em muitos casos não há supressão de vegetação, em outros há necessidade, mas havendo ou não supressão devemos realizar o transbordo da terra que é outro problema, na cidade de Embu Guaçu não há aterro sanitário, nem de resíduos inértes, e é lógico que do jeito que anda nunca terá, falta de empenho não, falta de licenciamento, afinal perto da minha casa eu não quero, longe tem mata que não pode ser derrubada, então o que sobra é um impasse.
Logo após o saneamento destes dois itens há a necessidade de realizar a recomposição de mata ciliar, isso chega a ser absurdo por não ocorrer, na Cidade de Embu Guaçu há um grupo de jovens que integram o Programa de Jovens da Reserva da Biosfera, auxiliados pela AHPCE, instruídos por profissionais competentes e engajados com meio ambiente, agora é lógico que custa, mas todos os gastos tem que ter um benefício.
A enchente de São Paulo começa aqui através da exportação de rios com vazão cada vez menores, e o Governo do Estado é claro espera que a pequena prefeitura de conta de tudo, mas cadê a verba? Cadê a outorga de poderes? E o pagamento pelo uso da água?
Embu Guaçu é responsável por abastecer 30% da Represa que jorra água para 4,4milões de pessoas, e não são raras as vezes que aqui nós passamos sede e não lavamos roupa por falta de abastecimento adequado!
Aqui encerro mais um grito do Bugio, acordando quem dormia incomodando os acomodados!

Iniciando

Bom dia, boa tarde ou boa noite.

Iniciando este pequeno e modesto Blog, quero desejar a todos um bom relacionamento, para aqueles que me conhecem pessoalmente já sabem o que esperar, para aqueles que não me conhecem saibam que nunca fiz questão de agradar a todos, portanto não esperem opiniões de facíl digestão.
Moro na divisa de Embu Guaçu com Parelheiros, mas vivo e trabalho em Embu Guaçu.
Esta cidade me acolhei a 6 anos atrás, aqui estou para formar uma familia com minha noiva Ivani.
Como biólogo moro em uma cidade maravilhosa, como cidadão espero melhoras, principalmente no reconhecimento que não e passado a este lar fornecedor de subsistência a Metropole Palistana.