quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Deus deu a nossa mente para o Diabo ter o que fazer!

Comumente apreciado em meus textos, que Deus é um garotinho malvado e perverso se assim não é, assim os homens o apresentam.
Se eu olhar ao meu redor observarei a dualidade em ação, bem e mal, claro e escuro. A dualidade irá atingir outras esferas como: o mal que é bom, o escuro que esclarece o claro que cega e o bem que faz o mau.
Para se fazer justiça é necessário um toque de injustiça, os olhos vêem o que desejam e o que lhe é beneficente. Seria injusto de minha parte se só observasse a apresentação divina pelo homem, e não fizer uma ressalva básica, se eu renego o que me mostram o que em nome de minha existência eu acredito?
A todos que irão sentir estas palavras escritas, como se fossem por mim ditas, a aqueles que sentirem repulsas eu digo-vos que se examine, pois por absurdo que pareça esta oratória eu enquanto homem de espírito livre, não devendo favores que foram me dados de bom grado, eu enquanto sapiens na espécie e na alma tendo o direito de ser respeitado e de recusar as sondagens de seus Deuses, a isto se não me engano deu-se o nome – e o orgulho de expressar – de livre-arbítrio (nome este que discordo em seu emprego), e se isto não for suficientemente forte para que não te escapem insultos das barreiras de seus dentes, só posso afirmar que sois mentalmente incapazes de mudar e se interar ao mundo que os cercam.
Àqueles, que lendo não condenarem, apenas recusarem ou prorrogarem o tempo de aceitação, ou apenas assimilarem o que lhes convir e os que são meus partidários ideais, eu digo que sou homem e posso errar, e agradeço desde já o respeito que este texto e seu fabricante recebem.
Já executado um prólogo demasiado comprido, dou-lhes palavras a serem pensadas e pesadas.
Vejo que o ser humano não observou atentamente os seus iguais, que não só em árias são diferentes, mas no agir, no pensar e no sentir. É conhecida a frase “não se pode agradar a gregos e troianos”, aí se baseia a sapiência e astúcia divina, sendo o criador de tudo (na maioria das religiões por mim conhecidas, há um Deus ou Deuses responsáveis por esta tarefa) e instituindo as regaras para o funcionamento do mundo, ao seu mundo instituiu guardiões (não “dominadores” – admito não gostar dessa palavra), alunos ou um elo que completaria a criação. Isto é completamente aceitável, pois o homem orgulhoso como é não aceitaria um outro papel – um com adjetivos não tão majestosos. Mas para ser uma entidade criadora é necessário ver tudo com um ar de psicólogo. No mundo há gregos, troianos, espartanos, Pompeus, Júlios Césares, Gêngis Cãs, Alexandres, Virgílios, Augustos, Incas, Astecas, Condes, Barões, Leonardos, Miquelangelos, Napoleões, Joãos, Mários, Neros, Davis, Xerxes, Mão-Tse’s, Dalai Lamas, Gorbachev’s, Yoganandas, Ícaros, Pandoras, Anitas, Joanas, Marias, Catarinas, Helenas, Perséfones, Hildas, Chicos Mendes, Simões Bolivares, Cheguevaras, nobres, plebeus, filósofos, céticos, pacifistas, entre outros adjetivos.
Não obstante há xintoístas, taoístas, cientologistas, filhos de pemba, budistas, hinduístas, xiitas, curdos, sunitas, católicos, apostólicos, ortodoxos, protestantes, neo-petencostais, filhos-de-santo, ateus e muitas outras religiões das quais infelizmente eu desconheça. Há uma alma no homem, há uma alma no mundo, tudo merece um respeito, deus não deu delicadeza aos ciclopes, nem astúcia ao jumento, pois de nada os valeria, e não debalde deu ao homem milhares de religiões, crenças, interpretações e muitas dualidades que serviram bem ao homem em sua existência em sua era de manifestação. Todas as religiões devem dar mais crédito à sabedoria divina e parar de espalhar boatos sobre a personalidade alheia, devem acreditar no único que consegue agradar a gregos e troianos.
A condenação da alma é coisa dos homens, Deuses fizeram tudo perfeito, num mundo onde até vermes, bactérias e seres que os homens desprezam possuem sua importância, sua indispensabilidade o seu elo para manutenção do mundo, que os abutres dêem conta de nossas podridões (nossa carne impura). Disse Santo Agostinho “...o inferno é morrer e continuar desejando”; o inferno a mais estúpida invenção humana para justificar seus preconceitos e maldades alojadas no âmago de suas almas.
Deus deu a nossa mente para o Diabo ter o que fazer!


Ivalente
Ivan Luiz valente da Silva
Embu-Guaçu – SP 19/01/07.

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