quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sambosa à Carnavalesca

Por debaixo da janela, o mundo vil de carnavais e folias, bebidas e intrigas, festejam felizes suas próprias tristezas. É quem só conta os dias do ano para saber quando vai terminar a tristeza de não ter nada, e assim só espera a firmeza de uma festa de virada para então enfim se consumir no carnaval o hiper-felicitado Ano Novo!
Ano novo feliz. Feliz é o ano novo, o de errado e triste ficou com o velho ano, mas o ano só é novo até passar o carnaval. Carnavalescos festejam o fim do mundo, e como um bêbado que se afunda em amargura, que de repente se num momento de lucidez frente ao espelho pergunta-se desesperado: _ O que é que eu estou fazendo? Agora já tristes os carnavalescos mascarados, se perguntam ao fim de uma folia, a respeito não de suas vidas, mas em relação ao seu mundo e percebem a grande inconfidência que sua tirania os proporciona.
E por debaixo dessa janela, só se pode observar? Essas crianças gigantes que se destroçam ala carnavalesca a indulgência do mau domínio.
Mas tudo bem hoje é um novo dia, dia de pensar, favoreceremos nosso sustento capital e com força destruiremos o chão que nos mantém em pé, a evolução nos será bondosa, modificações genéticas nos favorecerá a respirar em fim o CO2 e beberemos sem males fisiológicos nenhum, os ácidos sulfúricos, comer este pedaço de alguma coisa morta feita em laboratório será saboroso, pois nosso paladar também evoluirá a ponto de serem indigeríveis quaisquer coisas que sejam naturais. E assim a sambosa carnavalesca nos deixará em fim festejar!


IVALENTE
FEV/06

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