Um dia nunca será debalde. Por ele pagarão sorrisos. Por ele pagarão nervosismos, por ele pagarão o inesperado. Como se um sorriso liberado atraísse novos horizontes, e o nervosismos do futuro novas soluções para o passado.
É quando você anda por ai. E a cada piscar de olhos o mundo se move quadro a quadro como que por câmera lenta. Você olha para suas mão e então percebe que envelhecem, você olha para frente e nota que as pessoas não mais notam e é por que só você e outros poucos passaram a se importar com o nada.
É quando cada inspiração sua lhe causasse uma epifania. E lá do alto de sua cabeça você observa mais do que você e jogaria lá do alto mergulhando em um rio de vida. Quadro a quadro anoitece, e a lua vem beijar-te o coração.
É estranho por que na cidade é triste. Fora dela e mais bonito, apaixonante. É que de longe a cidade ofusca o céu e a beleza não pode ser vista, ouvida, pois esta escondida nos recôncavos profundos dos olhos humanos ansiosos por uma briga, competição ou qualquer atrocidade que o diferencie das bestas irracionais que vivem no mato. E a beleza não pode ser vista por que a cidade quer brilhar mais que o céu, mas não pode brilhar tão bonito como as estrelas que bordam o azul escuro da noite.
O dia chega até o derradeiro segundo, o corpo quer descansar tranqüilo, e por mais cansado recebo o pagamento, fecho os olhos e morro mais um pouco, fecho os olhos e ressucito mais um pouco. Recebi do dia o ar frio da manhã. Recebi do dia as caricias solares. Recebi o refrigero para a sede. Recebi uma animada paz na calmaria interior. Recebi a ansiedade da espera. Recebi um momento que ansiava, pois recebi o meu amor um pouco, pude abraçá-la e vê-la sorrindo. Recebi o requinte de tê-la ao luar. Recebi por que nada é debalde. Recebi por que tenho o dever. Recebi por que devo espalhar as novas boas da alma, a libertação das obrigações.
Pois mais pessoas verão e quadro a quadro sentirão que são partes do todo:
São partes do mundo...
...são partes de Deus(es) e não precisam pregar isso...
...por que Deus(es) falará sem intermediários.
Ivalente
12/08/07
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