Você conhece uma ARPM?
Isso significa Área de Recuperação e Proteção a Mananciais, em Embu Guaçu temos como protegida a Guarapiranga, isso é lógico em tese.
Bem todas as vezes que chove ou na cidade ou no alto da Serra, vemos os rios correrem para o Parque da Várzea lotados de terra, lixo entre outros itens não naturais ao curso d'água.
O mais estranho é que o Estado tem uma política de preservação que no papel é muito bonita, mas na execução deixa a desejar. Quantas vezes você viram uma obra de dessassoreamento que por manifestação divina tivesse dado certo (quando digo dar certo expresso que no próximo ano a mesma obra não tenha ocorrido), o mais incível é que a terra de dentro dos córregos é retirada e posta ao lado do mesmo. Isso realmente expressa uma grande inteligência.
Tudo bem para não ser apenas um criticador um um acusador vou usar um mínimo de inteligência para ver se seria possivel resolver o problema.
1º se o rio assoreia isso significa que não é tirando terra dele que eu resolvo o problema. Como assim?
É simples saiba de onde vem a terra e impeça que ela chegue aos rios, na maior parte das vezes essas terras vem das vias de chão batido (é só pensar estrada de terra têm buracos, terra não entra em terra a menos que as granulações sejam diferenciados, logo se há buraco para onde foi a terra?), mas há um empecilho, é lógico, não dá para asfaltar tudo que é rua existente, a cidade de São Paulo é a maior prova dos males da impermeabilização desenfreada, mas para todos os problemas da humanidade a tecnologia ou os desastres nos ensinaram a superar, e qual desastre nos ajuda?
Em New Orleans ocorreu um furacão denominado Katrina em 2005, e depois do desastre obras de recuperação foram realizadas, entre elas modificações em diques e calçadas com concreto permeável (notem a enfasê em recuperação), bem caso tenham dúvidas pesquisem a permeabilidade. Qual é o problema da solução? É mais caro, mas aqui elucido o item recuperação, pois se é algo que irrevogavelmente devo recuperar, não posso poupar despesas. Para não entrar em detalhes não vou discutir dinheiro publico.
2º Se o rio deve ser desassoreado, não podemos simplismente entrar no rio e tirar terra. Logo há casos em que devemos rebaixar a margem do rio, em muitos casos não há supressão de vegetação, em outros há necessidade, mas havendo ou não supressão devemos realizar o transbordo da terra que é outro problema, na cidade de Embu Guaçu não há aterro sanitário, nem de resíduos inértes, e é lógico que do jeito que anda nunca terá, falta de empenho não, falta de licenciamento, afinal perto da minha casa eu não quero, longe tem mata que não pode ser derrubada, então o que sobra é um impasse.
Logo após o saneamento destes dois itens há a necessidade de realizar a recomposição de mata ciliar, isso chega a ser absurdo por não ocorrer, na Cidade de Embu Guaçu há um grupo de jovens que integram o Programa de Jovens da Reserva da Biosfera, auxiliados pela AHPCE, instruídos por profissionais competentes e engajados com meio ambiente, agora é lógico que custa, mas todos os gastos tem que ter um benefício.
A enchente de São Paulo começa aqui através da exportação de rios com vazão cada vez menores, e o Governo do Estado é claro espera que a pequena prefeitura de conta de tudo, mas cadê a verba? Cadê a outorga de poderes? E o pagamento pelo uso da água?
Embu Guaçu é responsável por abastecer 30% da Represa que jorra água para 4,4milões de pessoas, e não são raras as vezes que aqui nós passamos sede e não lavamos roupa por falta de abastecimento adequado!
Aqui encerro mais um grito do Bugio, acordando quem dormia incomodando os acomodados!
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